Coronavírus

Anunciantes querem incentivos fiscais para comprar publicidade e "ajudar" os media

Anunciantes querem incentivos fiscais para comprar publicidade e "ajudar" os media

"A publicidade e a comunicação têm um forte efeito multiplicador em todos os setores e atividades económicas", diz APAN

A Associação Portuguesa de Anunciantes propôs ao Governo um plano de combate à quebra das receitas publicitárias devido ao impacto da covid-19 na economia assente em duas linhas de ação: Estimular a compra de espaço publicitário com um desagravamento fiscal de 30% para todos os investimentos realizados em 2020 e um redireccionamento da Taxa do Audiovisual para a produção de conteúdos para canais audiovisuais,

«A publicidade e a comunicação têm um forte efeito multiplicador em todos os setores e atividades económicas. Perante um momento difícil e antecipando o período de recuperação que teremos pela frente, as medidas propostas pretendem contribuir para incentivar a atividade, manter empregos, manter os meios de comunicação social a funcionar e terá um impacto direto sobre a recuperação económica das empresas e do país», afirma Manuela Botelho, secretária-geral da APAN.

E com as medidas propostas, diz a APAN, fica garantido "um impacto limitado na receita tributária do Estado" e são libertados recursos financeiros para manter o motor económico e social em movimento. Este é um modelo que se traduz "numa forma menos distorcida de intervenção nos mecanismos de mercado, evitando a discussão em torno de eventuais favorecimentos", justifica a associação.

De acordo com um estudo recente da APAN, cada euro investido em publicidade gera, em média, 4,4 euros na economia, o que representa um argumento economico para salvaguardar esses investimentos. Mas a publicidade contribui para um crescimento ainda mais amplo, ao aumentar a confiança do consumidor "e isso, leva as marcas a inovar e a criar produtos e serviços diferenciados estimulando a inovação", sublinha a associação.

Esta abordagem, em em linha com o modelo que já foi adotado em outros países europeus para preservar receitas publicitárias e a continuidade dos órgãos de comunicação social, propõe que o estímulo à compra de espaço publicitário nos meios de comunicação nacionais seja feito através de um desagravamento fiscal de 30%, para os investimentos realizados em 2020, e a alocação dos 4% da Taxa de Exibição, paga pelos anunciantes sobre toda a comunicação comercial audiovisual, para a produção dos conteúdos em canais audiovisuais, com benefício direto dos telespectadores em casa.

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