Os Estados Unidos insistiram esta terça-feira numa "mudança radical" no funcionamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), depois de críticas à forma como a organização tem gerido a pandemia de covid-19. Na passada semana, o Presidente Donald Trump ameaçou suspender a contribuição financeira dos EUA para a OMS, acusando a organização de ser demasiado "pró-chinesa", nas decisões que toma no combate à pandemia.
Esta terça-feira, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse que a OMS não "agiu de forma correta desde o início" e pediu uma "mudança radical" na forma como opera. "Precisamos de garantir que o dinheiro que gastamos (com a OMS) -- dólares de impostos pagos aqui nos Estados Unidos -- é usado de forma sensata e para os objetivos pretendidos", disse o chefe da diplomacia norte-americana.
"No passado, a OMS fez um bom trabalho. Infelizmente, desta vez, não fez o seu melhor e devemos garantir uma mudança radical", acrescentou Pompeo, que repetiu a crítica sobre a tendência pró-chinesa da organização na esfera das Nações Unidas.
O secretário de Estado também reiterou as acusações ao Governo de Pequim, que, segundo Washington, não foi célere a partilhar avisos sobre os riscos de alastramento da epidemia, na fase inicial da crise sanitária.
Contudo, Pompeo não esclareceu se haverá alguma sanção específica contra a China, como tem sido pedido por alguns dirigentes do Partido Republicano, que apoia o Presidente Trump. "Os que não agiram de forma adequada ou que engaram ou falharam na partilha de informações ou ainda os que participam em campanhas de desinformação serão responsabilizados quando chegar a hora", concluiu Pompeo.
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