Os ataques de pânico estavam controlados, mas a pandemia fê-los regressar. “A jovem estava com uma crise muito forte: falta de ar, taquicardia, tremores nas mãos. Já não dormia bem há dias”, conta Manuela Peixoto, psicóloga que desde 1 de abril está a trabalhar na linha de apoio psicológico do SNS24. “Começou com pensamentos negativos: se os pais ficassem doentes e morressem, ia ficar sozinha sem conseguir lidar com isto.” Quando a chamada começou, a jovem não conseguia parar de chorar. A conversa durou 30 minutos: parou de chorar, conseguiu controlar a respiração, decidiu que ia falar com os pais sobre o que a preocupava.
Casos de ansiedade têm surgido com frequência na linha de apoio psicológico. O serviço, criado pelo Governo e pela Ordem dos Psicólogos, tem 63 profissionais e capacidade para 700 chamadas por dia. Ao Expresso, o Presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, Luís Goes Pinheiro, avançou que até esta quarta-feira foram atendidas 1.326 chamadas - 171 de profissionais de saúde e 1.155 de outros utentes.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: hrbento@expresso.impresa.pt