Os Serviços Postais (USPS) – o equivalente aos CTT em Portugal - são uma instituição quase mitológica nos Estados Unidos. E, devido à pandemia do novo coronavírus, estão em risco de falir.
Milhares de cidadãos norte-americanos estão, por isso, a comprar selos, para dar liquidez à empresa, e a elogiar os profissionais nas redes sociais que, quer “faça chuva ou faça sol”, continuam a entregar a correspondência.
Ao contrário de muitas empresas, os USPS não receberem qualquer apoio financeiro do governo norte-americano para o combate ao impacto da covid-19. Segundo o “Washington Post”, o presidente Donald Trump tem dedo nesta situação.
Trump terá vetado pessoalmente a possibilidade de a empresa ser incluída no pacote de estímulo financeiro de 13 mil milhões de dólares (cerca de 11,9 mil milhões de euros) aprovado no Senado. Em vez disso, ofereceu um empréstimo de 10 mil milhões de dólares (9,1 mil milhões de euros) àquele serviço.
Os problemas financeiros dos USPS não são de hoje, mas a covid-19 veio complicar tudo. Apesar de continuarem a operar, as principais fontes de rendimento - distribuição de publicidade e correio em primeira-classe (em Portugal, o correio azul) – foram profundamente afetadas.
“A nossa expectativa é que a covid-19 aumente a dívida dos correios em cerca de 22 mil milhões de dólares [20,1 mil milhões de euros] durante os próximos 18 meses, e em mais de 54 biliões a longo-prazo, ameaçando assim a nossa capacidade operacional”, admitiu Megan Brennan, diretora dos USPS, em comunicado na sexta-feira.
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