Acusado de ligeireza, o Executivo sueco apostou num equilíbrio de base histórica que conta com a colaboração dos cidadãos
Reza a lenda que o termo lagom nasceu quando camponeses suecos partilhavam uma panela de guisado no final do dia de trabalho. Cada um tinha de servir-se da quantidade adequada. Nem muito nem pouco, o justo para satisfazer as necessidades de todos. Na verdade, a etimologia da palavra diz-nos que significa algo como “em conformidade com a lei”, o que qualquer sueco definiria hoje como fazer “o que é equilibrado”.
É, há séculos, um dos princípios fundamentais da mentalidade sueca, que na segunda metade do século XX se converteu em política de Estado, através das políticas de equidade da social-democracia. Sendo a forma que o país tem de entender como dispor dos seu recursos, talvez não deva surpreender-nos que a Suécia enfrente a pandemia com uma política lagom. É algo que não se entende no resto do mundo, onde as medidas tomadas pelo Governo social-democrata de Stefan Löfven são apontadas como frouxas, ligeiras ou até nulas. Até ao fecho desta edição havia 5568 infetados, 308 mortos e 103 recuperados.
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