A história do homem que tinha covid-19 e que a PSP deteve e obrigou a ir para casa. Mas agora a polícia não sabe onde ele está
Foi detido este no domingo. Agora não se sabe onde está
Foi detido este no domingo. Agora não se sabe onde está
João Diogo Correia, em Estocolmo
Jornalista
Está a ser procurado o homem que foi detido na Póvoa de Varzim este domingo por violar o dever de confinamento. Emigrante em França, o homem de 43 anos terá testado positivo à covid-19 e estaria por isso obrigado a isolar-se em quarentena, mas continuava a fazer vida social fora de casa. Detido, advertido e encaminhado para casa no domingo, terá voltado a desrespeitar as regras menos de 24 horas depois.
“Tudo leva a crer que se ausentou”, confirma ao Expresso fonte da PSP da Póvoa de Varzim. “Esta segunda-feira tivemos conhecimento de que não estaria a cumprir as ordens e iniciámos diligências.” Na origem da informação estiveram queixas de vizinhos. Porém, “de momento não foi possível saber se ele está em casa ou não”. Segundo a mesma fonte, a PSP tem telefonado para a residência, que fica em Aver-o-Mar, na Póvoa de Varzim, onde vive também a mãe do homem em causa mas ainda ninguém atendeu.
Ao que o Expresso apurou, o cidadão português tem uma segunda casa em Fafe. As autoridades do concelho foram por isso alertadas para a possibilidade de ele se ter dirigido para lá e estão “vigilantes”, ainda que não seja possível monitorizar a residência durante muitas horas. O Comando da GNR local recusa fazer comentários, adiantando apenas que “ainda ninguém o viu”.
Segundo o “Jornal de Notícias”, o emigrante, operário da construção civil, regressou a Portugal em meados de março e ficou a viver em Aver-o-Mar com a mãe, uma idosa de 70 anos, que não se sabe se estará também infetada. Ainda de acordo com o mesmo jornal, o homem não terá avisado ninguém do teste positivo à covid-19. No domingo, quando foi detido, alegou que estava assintomático, ainda que admitindo não ter tido a preocupação de se isolar em nenhum momento desde que soube da infeção.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: jdcorreia@expresso.impresa.pt