Perto de 900.000 empregos - metade dos quais temporários - foram destruídos em Espanha desde a introdução das medidas de contenção em meados de março para combater a pandemia de coronavírus, segundo dados divulgados esta quinta-feira pela Segurança Social espanhola.
No período em análise, 302.265 novos candidatos acorreram aos centros de emprego enquanto 833.979 pessoas deixaram de descontar para a Segurança Social, o que também significa a maior descida mensal do número de inscritos, que no final de março atingia 18,4 milhões de pessoas, segundo os dados oficiais divulgados esta quinta-feira e citados pela agência EFE.
No total, 898.822 pessoas perderam o emprego em Espanha desde a adoção das medidas restritivas devido ao Covid-1, incluindo cerca de 550.000 trabalhadores temporários.
Os dados revelam que a maior queda de empregos em março foi vivida pelo regime geral, com 855.081 empregos a menos, seguidos pelos trabalhadores por conta própria, que viram destruídos 40.877 postos de trabalho. No mês de março, 302.265 novos candidatos acorreram aos centros de emprego enquanto 833.979 pessoas deixaram de descontar para a Segurança Social, o que também significa a maior descida mensal do número de inscritos, que no final de março eram 18,4 milhões de pessoas.
De acordo com os dados revelados esta quinta-feira pelo governo espanhol, citados pela agência EFE, o número de pedidos de subsidio de desemprego no final do mês reflete melhor o que aconteceu do que a média mensal - geralmente fornecida e que deixa a queda em março em 243.469 membros – dado que o impacto da pandemia de coronavírus começa a notar-se bem a partir do dia 12 de março.
Quanto ao desemprego registado, o Serviço Público de Emprego do Estado (SEPE) contribuiu com 302.265 novos candidatos este mês, o que deixa o total de desempregados em 3,54 milhões no maior aumento do desemprego mensal da história.
Desemprego dispara a partir de 12 de março
Todos os dados refletem duas realidades radicalmente diferentes do mês: a primeira metade com uma evolução mais usual para março, que geralmente é boa para emprego, e a segunda metade, com o impacto da desaceleração económica causada pela pandemia de coronavírus.
O Ministério da Inclusão e Segurança Social, citado pela EFE, explica que, nos onze primeiros dias do mês de março, quando o emprego ainda estava a evoluir normalmente, a taxa de ocupação aumentou em 64.843 trabalhadores, enquanto que entre 12 e 31 de março entrou em colapso e atingiu os 898.822 postos de trabalho.
Por atividades, os maiores colapsos desde o início da crise do coronavírus foram registados na construção (-17,08%), alojamento (- 14,27%), atividades administrativas e serviços auxiliares (-8,91%), educação (5,24 %) e transporte e armazenamento (4,76%); enquanto se destaca o aumento das atividades de saúde, com 7.085 membros.
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