
Em tempos de isolamento social, é dentro de casa que se aprende, trabalha, se faz ginástica, se vai às compras e se assistem a concertos. E os encontros de família passaram a ser digitais
Em tempos de isolamento social, é dentro de casa que se aprende, trabalha, se faz ginástica, se vai às compras e se assistem a concertos. E os encontros de família passaram a ser digitais
É quase paradoxal. Nunca estivemos tão isolados e nunca estivemos tão ligados. Através da internet, claro. Com a pandemia à porta e as saídas limitadas ao mínimo essencial, quase todos os serviços entram agora em casa. Do trabalho ao lazer, do consumo à cultura, passando pelos encontros de família e as conversas com os amigos. Enquanto a normalidade não volta, a vida prossegue online.
No último domingo, já com o país em estado de emergência, a audiência média de televisão superou os três milhões de espectadores, que viram, também em média, praticamente nove horas de programas. Foi o momento mais alto do período de 12 (quando o primeiro-ministro comunicou que as escolas iam fechar pelo menos até à Páscoa) a 23 de março. Comparando com os dez dias anteriores (1 a 11 deste mês), passou a haver em média mais 657 mil telespetadores por dia (subida de 32,5%) e o tempo despendido em frente ao ecrã aumentou 1 hora e 40 minutos (mais 28%), passando a ser agora de 7 horas e 35 minutos. A subida aconteceu nos canais generalistas, no cabo, streaming e plataformas de jogos. São os valores mais altos de 2020, com números sempre acima ou muito perto dos 2,6 milhões de telespectadores. E mais do que programas de entretenimento, são os conteúdos informativos que estão a ser mais procurados. A preocupação fez-se sentir também nos sites visitados. Os dados da NetAudience mostram um aumento significativo dos sites de informação e uma quebra, expectável, nos de desporto e lifestyle — que tentam compensar as perdas com conteúdos relacionados com o novo coronavírus.
Este é um artigo exclusivo. Se é assinante clique AQUI para continuar a ler. Para aceder a todos os conteúdos exclusivos do site do Expresso também pode usar o código que está na capa da revista E do Expresso.
Caso ainda não seja assinante, veja aqui as opções e os preços. Assim terá acesso a todos os nossos artigos.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ILeiria@expresso.impresa.pt