Covid-19. Passageiros a repatriar pela TAP têm de ter bilhete
Os voos de regresso que a TAP está a preparar para trazer portugueses de volta exigem que as pessoas tenham bilhete já garantido
Os voos de regresso que a TAP está a preparar para trazer portugueses de volta exigem que as pessoas tenham bilhete já garantido
Jornalista
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Para embarcar nos voos que a TAP está a planear para fazer regressar portugueses, nomeadamente de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, os passageiros terão de ter na sua posse um bilhete, esclareceu a companhia em declarações ao Expresso. Dito de outra forma, não basta aparecer nos aeroportos para garantir o embarque.
Quem não conseguir comprar os bilhetes online deverá dirigir-se aos balcões da TAP, que existem nesses países. As pessoas que têm bilhetes já comprados apenas têm de comparecer no aeroporto com o mesmo, assim que o voo de regresso for marcado.
Os voos que a TAP está a preparar, em articulação com o Ministério dos Negócios Estrangeiros português, têm como missão ir buscar passageiros portugueses que já tinham os bilhetes comprados, e cujos voos foram cancelados por restrições nos espaços aéreos. Esses voos também farão regressar quem, entretanto, conseguir comprar bilhetes de regresso, porque são voos comerciais da TAP.
A TAP deverá anunciar em breve o plano de voos que tem previsto para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). Mas até agora ainda não o fez por que o plano ainda não está fechado. O que na prática quer dizer que a informação que tem sido dada, nomeadamente em alguns consolados, nem sempre é rigorosa. É preciso aguardar por informação oficial da companhia, já pedida pela Expresso, mas até ao momento sem uma resposta.
Há passageiros a queixarem-se de falta de informação oficial por parte da TAP. Uma portuguesa residente em São Tomé e Príncipe, que não quer ser identificada, explicou ao Expresso que não é possível aceder a informação via telefone, nem ao balcão da companhia, onde os trabalhadores dizem apenas que não sabem quando será o voo de regresso.
"A TAP não está a comunicar com os passageiros, que se sentem completamente perdidos. Podia fazê-lo por mensagem eletrónica (SMS). As pessoas ficariam mais tranquilas se soubessem que está a tentar encontrar-se uma solução. Há cerca de 160 portugueses que querem regressar e comunicam entre si por WhatsApp, mas a informação que têm é escassa, e nem sempre correta", sublinhou a portuguesa. Afirmando que o primeiro voo da TAP foi cancelado a 17 de março.
Voos comerciais para já são os privilegiados
Questionado pelo Expresso sobre o ponto de situação do repatriamento de portugueses, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) esclarece que para já nos casos em que há alternativas comerciais é essa a via privilegiada.
"O Ministério dos Negócios Estrangeiros está a acompanhar a situação de milhares de portugueses que se encontram em viagem em dezenas de países, com níveis diferentes de necessidade de apoio. Nos casos em que estão disponíveis alternativas comerciais, é privilegiada essa via, cabendo em primeiro lugar aos cidadãos nacionais procurar alternativas junto das companhias aéreas e agências de viagens", esclarece o Ministério de Augusto Santos Silva.
Mas adianta que podem ser equacionados voos especiais, nomeadamente em coordenação com Estados Membros da União Europeia, mas não informa se já está em curso algum plano. "Nas situações em que as viagens comerciais não estão disponíveis, podem ser equacionados voos especiais de repatriamento, privilegiando-se a coordenação com outros Estados-membros da União Europeia nos casos em que o número de portugueses é mais reduzido", salienta o MNE..
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