Coronavírus

Covid-19. Dois casos de infeção na CGD, banco toma medidas de contenção

Caixa Banco de Investimento vai escolher um novo presidente até fevereiro
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LUÍS BARRA

Em comunicado enviado aos funcionários, e a que o Expresso teve acesso, o banco refere que foram encerradas as áreas no edifício na Avenida João XXI, em Lisboa, em “que os trabalhadores infetados estiveram presentes”, tendo-se procedido também à “desinfeção” daqueles locais. Medidas de contenção incluem diminuição do número de funcionários “em simultâneo nas agências”

Covid-19. Dois casos de infeção na CGD, banco toma medidas de contenção

Helena Bento

Jornalista

Há dois casos de infeção no edifício da Caixa Geral de Depósitos (CGD) na Avenida João XXI, em Lisboa, conforme adiantou Isabel Rodrigues, coordenadora da comissão de trabalhadores. A informação foi confirmada ao Expresso por fonte oficial do banco.

Uma das pessoas infetadas é o médico do posto que existe naquele edifício, disse Isabel Rodrigues, acrescentando que todos os funcionários que contactaram com estas pessoas “encontram-se de quarentena em casa”, tendo o posto médico sido “desinfetado” e “canceladas todas as consultas agendadas para os próximos dias”.

Segundo Isabel Rodrigues, os casos foram detetados na sexta-feira passada, tendo os trabalhadores sido informados na segunda-feira. “A área onde foi detetado o outro caso foi isolada e os colegas que ali trabalham mandados também para casa.”

Circulou uma mensagem no Whatsapp, enviada por um dos funcionários, em que se acusava o banco de ter escondido informação, mas Isabel Rodrigues desmente-o. “Isso não aconteceu. Foi-nos dada informação sobre os casos confirmados”, disse, acrescentando que foram adotadas medidas face ao aumento do número de casos da covid-19 em Portugal, como o encerramento dos balcões de atendimento ao público. “O atendimento é feito por telefone ou agendado. O edifício tem regras diferentes agora, nomeadamente ao nível da circulação. Houve a preocupação de proteger as pessoas.”

“Limpeza dos postos de trabalho” e adoção de “diversas medidas de contenção”

Em comunicado enviado na segunda-feira aos funcionários, a comissão executiva do banco dá conta do encerramento de algumas áreas do edifício na Avenida João XXI. Também explica que está a ser “reforçada a limpeza dos postos de trabalho” e tomadas “diversas medidas de contenção”.

Essas medidas incluem a diminuição do número de funcionários “em simultâneo na agência” e o incentivo “à utilização de canais alternativos por parte dos clientes, através da app e da colocação adicional de cartões de débito e crédito”.

“Serão encerradas as agências quando e apenas se necessário, como já aconteceu em casos pontuais.” Muitos funcionários estão a trabalhar a partir de casa, em teletrabalho, estando a ser dada “prioridade aos grupos de risco”, onde estão incluídos, segundo o banco, “todos os que desempenham funções críticas para a continuidade do negócio”. De acordo com o comunicado, serão anunciadas “medidas mitigadoras do impacto para as famílias e empresas”.

Quanto aos casos detetados na CGD na Avenida João XXI, refere o comunicado que “foram contactadas todas as pessoas com quem os colaboradores em causa tiveram proximidade”.

Também o BCP registou um caso, segundo uma notícia avançada pelo “Eco”. Trata-se, segundo este órgão de de comunicação, de uma funcionária que trabalha no edifício do banco no Gonçalo Sampaio, e cujo marido é médico e foi um dos primeiros casos registados em Portugal. Assim que o vírus foi detetado, a funcionária foi encaminhada para casa, assim como os colegas com quem trabalha.

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