Coronavírus

Novo Banco isenta comissões em transferências digitais e em contas correntes a comerciantes

Novo Banco isenta comissões em transferências digitais e em contas correntes a comerciantes
Pedro Nunes

Medida temporária do Novo Banco estende-se até 30 de abril. Também haverá garantias para clientes com seguros

Novo Banco isenta comissões em transferências digitais e em contas correntes a comerciantes

Diogo Cavaleiro

Jornalista

O Novo Banco decidiu, de modo temporário, isentar várias transações que são feitas através de canais digitais de particulares, como pagamentos de serviços e transferências bancárias, mas só para quem já é cliente da instituição financeira. Também não haverá comissões para os comerciantes afetados pelos efeitos da pandemia da covid-19 que pedirem acesso a uma linha de conta corrente.

A partir de hoje [13 de março], um conjunto de transações essenciais aos clientes através dos canais digitais ficarão, temporariamente, isentas de comissões: desde as transferências interbancárias, pagamentos de serviços, cash-advance e transferências MBWay, até às isenções da 1ª anuidade nos novos cartões de débito e pré-pago ou substituições”, comunicou o banco em nota às redações.

O banco liderado por António Ramalho reforça que é “temporário”, havendo isenções até 30 de abril. A instituição justifica a medida com o objetivo de limitar os contactos físicos, dando sequências às recomendações de afastamento social.

Esta isenção ocorre agora, mas é certo que estão previstos aumentos das comissões bancárias tanto para abril como para maio no banco em vários dos serviços prestados pela instituição financeira.

No âmbito dos seguros, o Novo Banco – juntamente com a GNB Seguros, onde está a vender a participação de 25% ao Crédit Agricole – diz que os clientes que têm apólices, nomeadamente para assegurar a cobertura “para as consultas, tratamentos e exames realizados no âmbito da Covid-19”, bem como, “nos casos de baixa por doença, assegurar o pagamento do diferencial entre o salário e o valor a receber da Segurança Social, para os clientes com apólice de Seguros de Proteção Salário”. Também haverá garantia de pagamento das prestações de crédito nos casos de baixa por doença de clientes com apólices de Seguros de Protecção ao crédito”.

As soluções para os comerciantes e pequenos negócios passam, entre outras, pela criação de uma linha de conta corrente, dedicada a apoiar os comerciantes e pequenos negócios afetados pelo contexto da Covid-19, com isenção de comissões nos primeiros 6 meses”. Também haverá aprovação comercial em até 24 horas para os pedidos de crédito na linha de crédito Capitalizar Covid-19, que tem prazo até quatro anos e carência de 12 meses.

A Caixa Geral de Depósitos também disponibilizou uma linha de crédito de até 200 milhões de euros para micro, pequenas e médias empresas.

Os bancos estão pressionados a facilitar os financiamentos a empresas, para cobrir eventuais necessidades no curto prazo – para que, apesar das quebras de proveitos, possam conseguir pagar salários, por exemplo. Tudo devido às consequências da pandemia de coronavírus declarada pela Organização Mundial de Saúde.

Foi para haver essa facilidade que o Banco Central Europeu ontem decidiu aumentar as operações de liquidez e aliviar as exigências de capital e de liquidez a que têm de responder.

O Governo também anunciou ontem uma flexibilização no lado fiscal, para tirar pressão das empresas no calendário de pagamento de impostos.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: dcavaleiro@expresso.impresa.pt

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