Exclusivo

Ciência

“A partir daqui pode-se avançar para a criação de órgãos”: embrião humano artificial representa uma “mudança de paradigma”

“A partir daqui pode-se avançar para a criação de órgãos”: embrião humano artificial representa uma “mudança de paradigma”
AHMAD GHARABLI

O primeiro embrião humano criado em laboratório inteiramente a partir de células estaminais “desbrava caminho para uma série de benefícios terapêuticos”, sobretudo no campo da medicina regenerativa. “Esta técnica tem o potencial de originar qualquer célula, tecido ou órgão, tornando-se uma fonte inesgotável para transplantação”. No entanto, a descoberta levanta uma série de questões éticas e legais para as quais dificilmente se vão encontrar respostas

“A partir daqui pode-se avançar para a criação de órgãos”: embrião humano artificial representa uma “mudança de paradigma”

Mara Tribuna

Jornalista

É um embrião humano mas foi criado em laboratório, sem recorrer a óvulos ou a espermatozoides: pela primeira vez os cientistas conseguiram produzir um embrião artificial inteiramente a partir de células estaminais. Este avanço científico representa uma “mudança de paradigma” e “desbrava caminho para uma série de benefícios terapêuticos” — mas também pode abrir uma “caixa de pandora”, avisam os especialistas em bioética ouvidos pelo Expresso.

Um grupo de cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos EUA, conseguiu criar um modelo de embrião que se assemelha a um embrião humano nas primeiras fases de desenvolvimento. Uma das vantagens, desde logo, é que vai permitir “perceber mais sobre a fase inicial do desenvolvimento humano, que ainda é um bocadinho desconhecida”, aponta Miguel Ricou, professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mtribuna@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate