Cheias

Ministério "avalia" situação das escolas, em Lisboa não há ordem para fechar, em Oeiras sim

Ministério "avalia" situação das escolas, em Lisboa não há ordem para fechar, em Oeiras sim

Dois dos municípios mais afectados pelas cheias na Grande Lisboa têm indicações contrárias para encerramento das escolas, apesar da mesma indicação para os cidadãos ficarem em casa. Ministério diz que escolas têm “autonomia”, mas avança estar a avaliar a situação

A maioria das escolas está aberta esta terça-feira, apesar dos efeitos do mau tempo sobretudo no distrito de Lisboa e cabe a cada estabelecimento avaliar se tem condições para se manter aberto, disse o Ministério da Educação.

Em resposta à Lusa, fonte oficial do Ministério da Educação explicou que “as escolas têm autonomia para decidir” se têm ou não condições para abrir portas e manter as atividades letivas.

Apesar de algumas escolas terem já decidido fechar por falta de funcionários, devido às dificuldades de circulação motivadas pela chuva e consequentes inundações, “a grande maioria está aberta”, afirmou a mesma fonte, adiantando que o Ministério da Educação está a avaliar a situação.

Enquanto isso, o presidente da câmara de Lisboa referia em declarações à SIC-Notícias e também à CNN Portugal que não houve uma decisão formal do Ministério da Educação para encerrar escolas em Lisboa, embora reconhecendo que algumas o estão a fazer quando não têm condições para funcionar.

em Oeiras, o presidente da câmara decidiu encerrar todas as escolas esta terça-feira. Em declarações à SIC Notícias, Isaltino Morais disse que a decisão foi tomada porque a situação pode piorar ao longo do dia. Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, pediu aos encarregados da educação para irem buscar os seus educandos às escolas até ao meio-dia, devido a previsões de agravamento dos períodos de chuva ao final da manhã e início da tarde.

Segundo o autarca, trata-se de uma questão de segurança, para evitar que o trânsito se acumule na hora de ponta e depois de uma madrugada de chuva intensa, que causou derrocadas de muros, cheias e corte de vias no concelho.

A Proteção Civil nacional apelou hoje aos cidadãos para restringirem ao máximo as deslocações por causa do mau tempo, que provocou na noite de hoje 275 ocorrências nos distritos de Lisboa e Setúbal e deverá manter-se até quarta-feira.

Num ponto de situação feito pelas 07h00, o comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), André Fernandes, alertou para os fortes condicionamentos de trânsito nos acessos a Lisboa, com inundações e lençóis de água que já obrigaram ao corte de dezenas de vias.

André Fernandes reconheceu que “não vai ser fácil” normalizar a situação, porque apesar de durante a manhã ser expectável uma redução na precipitação, depois voltará a intensificar-se, com picos de chuva forte. “Hoje o dia vai ser complicado”, admitiu André Fernandes, que indicou que, só no distrito de Lisboa, houve 21 ocorrências durante a noite, até às 06h00.

Segundo a Câmara Municipal de Lisboa, às 08h36 mantinham-se fechados ao trânsito os túneis do Campo Pequeno e do Campo Grande, assim como a Avenida João XXI e a Avenida de Berlim, vários locais de Alcântara, acessos ao Eixo Norte-Sul, a Radial de Benfica, a Avenida Infante D. Henrique junto ao Túnel Batista Russo, a Estrada do Penedo, a Praça de Sete Rios, a Avenida de Santo Contestável e a Avenida 24 de Julho até Belém.

Em relação ao balanço anterior, deixaram de constar na nota da Câmara Municipal de Lisboa como estando encerradas a 2.ª Circular no sentido Lisboa Norte, a Avenida de Berna, todos os acessos à Praça de Espanha e Avenida Calouste Gulbenkian, Alfredo Bensaúde, o cruzamento da Gago Coutinho com a Avenida dos Estados Unidos da América, a Avenida de Santo Contestável, e a Avenida de Ceuta junto ao acesso à Ponte 25 de Abril.

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