O juiz Ivo Rosa decidiu aceitar cinco requerimentos de abertura de instrução contra cinco funcionários do BES que não foram acusados pelo Ministério Público.
Na prática, isto significa que há cinco novos arguidos no processo que no final da fase de instrução saberão se vão ou não a julgamento.
Os nomes em causa são desconhecidos do grande público.
Um deles é Alexandre Monteiro, contra quem foi requerida acusação por parte de João Malveiro, Totalvalue e Segouviber Unipessoal. Era quem lidava com estes clientes que, na queda do banco, perderam cerca de €21 milhões.
O casal Irene e Manuel Oliveira apresentou uma acusação particular contra outros quatro visados: Maria Beatriz Páscoa, Luís Miguel Neves, Frederico Ferreira e Rui Santos. Trabalhavam e dirigiam a agência de Leiria, de que os lesados eram clientes. O juiz Ivo Rosa também aceitou os requerimentos de abertura de instrução e constituiu estes quatro suspeitos como arguidos.
Apesar de ter aceitado os requerimentos, só estes últimos quatro foram convocados para prestar declarações a 22 de fevereiro.
O Universo Espírito Santo é o grande processo de investigação aos atos praticados no Banco Espírito Santo e Grupo Espírito Santo, que levaram à sua derrocada. O Ministério Público apontou mais de 200 crimes a 25 arguidos (18 pessoas individuais e sete coletivas), com destaque para Ricardo Salgado, antigo presidente, com 65 crimes: associação criminosa, corrupção ativa no sector privado, falsificação de documento, infidelidade, burla qualificada, manipulação de mercado e branqueamento.
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