O Ministério Público (MP) solicitou ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, mais documentação para concluir a averiguação preventiva relacionada com a empresa familiar Spinumviva, confirmou o procurador-geral da República, Amadeu Guerra.
“A informação que tenho é que existe muita documentação e, esta semana, o DCIAP [Departamento Central de Investigação e Ação Penal] pediu mais documentos ao primeiro-ministro”, afirmou em entrevista ao jornal Nascer do Sol.
O PGR adiantou ainda que, na próxima semana, terá uma reunião com o diretor do DCIAP para avaliar vários inquéritos em curso, esclarecendo que irá questionar as razões da demora e exigir explicações.
“Acho isso legítimo, é a minha obrigação. Mas já fui criticado por isso. Agora, eu não dou efetivamente instruções concretas em averiguações preventivas ou inquéritos”, sublinhou.
A polémica em torno da Spinumviva surgiu após notícias publicadas que revelavam que a empresa familiar de Montenegro se dedicava, entre outras atividades, à compra e venda de imóveis.
Essas revelações levantaram dúvidas sobre uma eventual atividade profissional paralela do primeiro-ministro ao exercício de funções governativas, bem como sobre a identidade dos clientes da empresa e possíveis conflitos de interesse.
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