Quando entrava ao serviço, Filomena (nome fictício) sabia que “estava a ir contra aquilo que era correto”. Começava logo à meia-noite, hora a que fora instituída uma nova norma. “Eu ia acordar os utentes para lhes dar medicação para os pôr a dormir... quando eles já se encontravam a dormir.” Acontecia com cerca de metade dos idosos que habitavam o lar onde trabalhava, no interior norte de Portugal. Não sabia de que medicação se tratava, porque “já vinha preparada”, mas sabia o porquê. “Era para eles passarem a manhã tranquilos e não chatearem ninguém”, conta a cuidadora, que pediu para se manter sob anonimato.
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