
O dia em que a hora de ponta foi ao almoço e as pilhas e os fogareiros esgotaram. No pós-apagão, a corrida aos rádios ainda não acabou
O dia em que a hora de ponta foi ao almoço e as pilhas e os fogareiros esgotaram. No pós-apagão, a corrida aos rádios ainda não acabou
Jornalista
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Jornalista/Coordenador-Geral de Infografia
Pouco passava do meio-dia, estava o país sem luz desde as 11h33, quando começaram a entrar na loja os primeiros clientes à procura de rádios e de pilhas. Mas não umas quaisquer: as mais procuradas eram as médias e grandes, que “já quase não existem”, porque em dias normais ninguém precisa delas. Exceto nesta segunda-feira de apagão, quando foi preciso tirar dos armários as lanternas e os rádios antigos. “Esgotei as pilhas todas. Se tivesse mil, teria vendido as mil”, conta Pedro Mota, responsável da Casa das Loiças do Arco, uma loja com mais de 40 anos que sobreviveu às cheias de Algés de 2022 para chegar ao dia 28 de abril de 2025 e esgotar todas as pilhas, rádios, lanternas, fogareiros e Campingaz, num dia em que o país revisitou um passado que muitos não conheciam ou já não se lembravam.
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