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“És polícia?”: na terceira noite de tensão na Cova da Moura, houve medo, fogo, lasers, bastões, algemas e um ensaio de funk

A polícia revista um carro e as posses de um homem. Mais tarde, deitá-lo-á no chão, algemando-o. Deixaram-no seguir
A polícia revista um carro e as posses de um homem. Mais tarde, deitá-lo-á no chão, algemando-o. Deixaram-no seguir
José Fonseca Fernandes

Reportagem na Cova da Moura onde, pela terceira noite seguida, polícia e moradores do bairro se vigiaram mutuamente num clima de tensão, num jogo do gato e do rato que não deixa ninguém em paz. Lá dentro, sobre a morte de Odair Moniz, baleado por um agente da PSP, ninguém quer falar.

Um very light vermelho atravessa o campo de visão, três caixotes do lixo a arder numa das portas da Cova da Moura, um graffiti azul de Martin Luther King à entrada. Um rato percorre a fachada da esquadra da Polícia de Segurança Pública da Amadora.

Duas carrinhas da brigada de intervenção arrancam e montam centro de operações na rotunda Timor Lorosae. Agentes armados com caçadeiras, escudos de plástico, gorros, bastões, coletes antibala. Quatro pares de polícias controlam as entradas e as saídas da rotunda: “Arremessam very lights e cocktails molotovs a 200 metros daqui”, avisam.

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