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Viver sozinho é quase inacessível no litoral: em Cascais, Lisboa e Amadora é preciso gastar mais de meio salário para arrendar um T1

Tiago Valente tem 32 anos, trabalha desde os 22, e partilha uma casa com quatro pessoas no Porto
Tiago Valente tem 32 anos, trabalha desde os 22, e partilha uma casa com quatro pessoas no Porto

Em 35 dos 50 maiores concelhos, tem de se gastar mais de 30% do rendimento para arrendar um T1, revela estudo que cruzou valores das rendas com o rendimento médio em 214 concelhos do país. Dividir casa é a solução para muitos

Querer arrendar uma casa sozinho tornou-se uma espécie de sonho impossível numa grande parte do país. Em 35 dos 50 municípios com mais população, um português com um rendimento mediano precisa de gastar mais de 30% desse valor para pagar a renda de um T1 de 55 m2. Em locais como Odivelas, Almada ou Porto, é preciso despender mais de 40%, enquanto em Cascais, Lisboa e Amadora, viver sozinho obriga a gastar mais de metade do que se recebe. Em quatro anos, entre 2019 e 2023, a situação agravou-se nos maiores concelhos do país, com mais intensidade no litoral do que no interior, mostra a análise feita por Miguel Salema, investigador da Católica Lisbon, e partilhada com o Expresso.

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