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“Sabíamos que os talibãs têm medo da música, mas não sabíamos que o governo britânico era igual”

Este grupo de jovens refugiados afegãos foi acolhido pela Casa da Caldeirôa e encontra-se a estudar música no Conservatório de Guimarães.
Este grupo de jovens refugiados afegãos foi acolhido pela Casa da Caldeirôa e encontra-se a estudar música no Conservatório de Guimarães.
RUI DUARTE SILVA

O Home Office britânico quis barrar a entrada no país da Orquestra de Jovens do Afeganistão, residente em Portugal. Depois de um turbilhão nas redes sociais, o ministério cedeu. A digressão por Inglaterra foi um êxito e os jovens músicos regressaram a Portugal – sem as deserções que os britânicos tanto receavam

Contrariando os receios do Home Office britânico, a comitiva de 50 pessoas da Orquestra de Jovens do Afeganistão (AYO) regressou a Portugal na quinta-feira – com as mesmas 50 pessoas – no final de uma digressão de uma semana pela Inglaterra. No dia 4 de março, o Home Office [Ministério da Administração Interna] indeferira os pedidos de visto de estada de nove dias aos músicos afegãos atualmente a residir e a estudar em Portugal.

Esta notícia, inesperada, chegou na véspera da partida. “Recebi o email e ficámos todos destroçados”, explica ao Expresso Ahmad Naser Sarmast, o musicólogo afegão que fundou a orquestra em 2010, exilada em Portugal desde dezembro de 2021. “Depois de ter saído do Afeganistão, a AYO já atuou em vários países, como a Alemanha, a Itália ou a Suíça. Nunca nos tinha acontecido uma coisa destas."

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