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“As relações abusivas, a pobreza e a precariedade no trabalho tornam as mulheres mais vulneráveis à doença mental”

Maria João Avelino trabalha, em conjunto com outros psiquiatras e psicólogos, no projecto de Psiquiatria e Saúde Mental do Grupo Joaquim Chaves
Maria João Avelino trabalha, em conjunto com outros psiquiatras e psicólogos, no projecto de Psiquiatria e Saúde Mental do Grupo Joaquim Chaves
Antonio Pedro Ferreira

A Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental criou recentemente uma secção dedicada à saúde mental da mulher, para promover o estudo, debate e desenvolvimento de intervenções mais específicas nesta área. Maria João Avelino, psiquiatra do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa e membro fundadora da nova secção, explica que a depressão é 50% mais frequente nas mulheres, que também têm mais ansiedade e stress pós-traumático. No momento em que se assinala o Dia Internacional da Mulher, defende uma maior aposta na prevenção e a criação de serviços de ambulatório mais especializados para mulheres com doença mental grave

“As relações abusivas, a pobreza e a precariedade no trabalho tornam as mulheres mais vulneráveis à doença mental”

Helena Bento

Jornalista

As mulheres têm mais ansiedade, mais depressão, mais stress pós-traumático, mais perturbações do comportamento alimentar e mais alzheimer. São a violência e as relações abusivas, assim como a pobreza e as más condições de trabalho, entre outros fatores, que fazem delas um grupo vulnerável. No momento em que se assinala o Dia Internacional da Mulher, Maria João Avelino, psiquiatra e coordenadora clínica da Unidade de Psiquiatria Comunitária de Mafra, do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, traça um retrato da saúde mental das mulheres e avisa que, apesar dos “esforços” feitos para o desenvolvimento de estratégias de promoção da saúde mental e tratamento da doença, “há ainda um longo caminho a percorrer”. “Não podemos ignorar que persistem desigualdades de género, discriminação e iniquidade de tratamento e oportunidades entre homens e mulheres.”


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