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Polícias preocupadas: supremacistas brancos ganham terreno nas universidades portuguesas

Nos últimos três meses, a PSP foi chamada a intervir em dois casos que envolveram alunos de extrema-direita FOTO Paulo Vaz Henriques
Nos últimos três meses, a PSP foi chamada a intervir em dois casos que envolveram alunos de extrema-direita FOTO Paulo Vaz Henriques

Autoridades estão a monitorizar o discurso anti-LGBTQ+ e anti-imigração no seio da academia e falam de infiltração de extremistas nas universidades portuguesas. Alunos africanos queixam-se de serem discriminados.

Polícias preocupadas: supremacistas brancos ganham terreno nas universidades portuguesas

David Dinis

Diretor-adjunto

Polícias preocupadas: supremacistas brancos ganham terreno nas universidades portuguesas

Hugo Franco

Jornalista

Os dirigentes de uma das associações académicas da Universidade de Lisboa que convidaram o primeiro-ministro António Costa para participar num debate político, durante o seu anterior mandato, nunca julgaram que poderiam vir a receber tantas ameaças e posts de carácter racista durante a organização do evento. “As nossas redes sociais foram inundadas de pessoas a enviar mensagens de ódio”, recorda um dos jovens promotores, que pediu o anonimato. Uma delas garantiu que o primeiro-ministro iria ser recebido “à pedrada”, uma outra advertia que Costa seria alvo “de arremesso de tomates”. E várias usaram epítetos xenófobos para descrever o governante, como “o indiano” ou “o monhé”. Alarmados com estes discursos inflamados que iam recebendo, alguns deles de pessoas do meio académico, os estudantes acionaram a PSP para perceberem o que poderiam fazer. Depois de ler as mensagens, a polícia não hesitou e decidiu reforçar a segurança da conferência como medida preventiva.

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