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“A maioria dos polícias não bate nas pessoas, mas há um problema de maus tratos em Portugal que não é monitorizado”, diz Conselho da Europa

Cela no Estabelecimento Prisional do Linhó, no concelho de Cascais
Cela no Estabelecimento Prisional do Linhó, no concelho de Cascais
PATRICIA DE MELO MOREIRA

Novo relatório do Comité Europeu para a Prevenção da Tortura aponta que maus tratos por parte da polícia a pessoas detidas continuam a “não ser infrequentes” em Portugal e apela à melhoria das condições de detenção nas prisões nacionais

Bofetadas, socos, golpes com bastão e pontapés no corpo depois da pessoa ter sido controlada, algemas muito apertadas ou presas na mobília, abusos verbais e ameaças. Segundo o Comité Europeu para a Prevenção da Tortura (CPT), estas são as principais formas de maus tratos infligidos pelas forças policiais em Portugal.

“Os maus tratos a pessoas detidas por membros da PSP e GNR continua a não ser uma prática infrequente”, conclui o novo relatório do publicado esta quarta-feira. O documento, a que o Expresso teve acesso, baseia-se nas conclusões da equipa desta instituição que visitou Portugal entre 23 de maio a 3 de junho de 2022.

“Se pensarmos nos milhares de pessoas que são presas todos os anos e quantas entram nas prisões, a vasta maioria é tratada de forma aceitável. Particularmente quando acompanhadas até à polícia pelos seus advogados, mas também, por exemplo, um pouco dependendo do crime e se houve ou não perseguição policial ou qualquer tipo de altercação com a polícia”, contextualiza Hugh Chetwynd, membro do CPT em entrevista em exclusivo ao Expresso.

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