Exclusivo

Sociedade

O adeus anunciado às caixas de supermercado: caros clientes, vamos fechar a caixa 9, depois a 8 e a seguir...

O adeus anunciado às caixas de supermercado: caros clientes, vamos fechar a caixa 9, depois a 8 e a seguir...
getty images

Das caixas de supermercado, e um pouco por todo o sector retalhista, até às portagens, a presença humana é cada vez mais rara. As formas de pagamento automático estão a ganhar terreno e o consumidor está a aderir. Mas serão os impactos tão positivos como parecem?

Joana Magalhães

Já lá vai o tempo em que a Dona Maria da mercearia da esquina sabia que a D. Lisete a visitava todas as semanas para comprar meia dúzia de peças de fruta e de papos-secos — e dar dois dedos de conversa. Há largos anos que o ritual deu lugar a um outro, algo impessoal: “Bom dia, vai precisar de saco?” e o mais provável era que o diálogo ficasse por aí. Atualmente, em grande parte das lojas e supermercados há uma fila onde já não se ouve voz humana, há apenas um ecrã que informa o consumidor que deve passar o código de barras dos artigos, colocá-los na balança e avançar para o pagamento.

Há quase duas décadas que foi instalada em Portugal a primeira área de self-checkout, ou seja, uma forma de pagamento automático de produtos que não necessita da intervenção de um colaborador. Desde então que se tem colocado a questão de saber se estaremos perante a extinção da função de operador de caixa. A essa, acrescentamos esta: que efeitos psicológicos e sociológicos podem decorrer do domínio destes serviços automatizados? A resposta para estas perguntas vai ser uma viagem longa, mas que convidamos o leitor a ler — até porque esta revista ainda não tem a função de leitura automática. Por enquanto.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate