Após ter-se reunido, ao longo deste dia de sábado, com as direções clínicas e administrações de cerca de 40 hospitais do país para avaliar as condições de funcionamento dos serviços de urgência, numa altura em que alguns hospitais do país estão a ter dificuldades em garantir escalas completas das equipas, a Direção-Executiva do SNS garante que foram encontradas "soluções consistentes para garantir a equidade no acesso [aos serviços de urgência] em todo o país".
"As dificuldades em áreas geográficas especificas foram debatidas e foram elencadas respostas, nas especialidades com mais dificuldades, assegurando soluções consistentes para garantir equidade no acesso, em todo o país", refere em comunicado enviado ao final do dia aos órgãos de comunicação social.
Segundo a direção, está assegurada a articulação de diferentes unidades hospitalares para “garantir a segurança, previsibilidade e equidade para os utentes”, uma solução à semelhança da que foi usada no verão para a coordenação entre maternidades. A “interação com o CODU/INEM e o SNS 24, a coordenação integrada das decisões pela DE-SNS e a transmissão da informação de forma adequada também foram aspetos “consensualizados ao longo do dia”.
As reuniões, em que terão participado mais de 150 pessoas, entre profissionais de várias especialidades e dirigentes, “decorreram com tranquilidade e num espírito construtivo, no sentido de encontrar soluções, na defesa da segurança e da qualidade dos cuidados prestados aos doentes”.
Cerca de dois mil médicos já entregaram minutas a recusar horas extraordinárias
Vários médicos têm-se recusado a fazer mais do que as 150 horas extraordinárias anuais previstas na lei. Num levantamento feito esta semana sobre a entrega de minutas de recusa de horas extraordinárias, a Federação Nacional dos Médicos (Fnam) salientou que a situação está a provocar encerramentos e constrangimentos nos serviços de urgências, mas também nas escalas de outros serviços hospitalares.
Segundo a federação, cerca de 2.000 médicos já se recusaram a fazer mais horas extras do que as legalmente previstas.
Na próxima semana, será a vez de o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, reunir-se com os sindicatos do setor, conforme anunciou este sábado o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
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