Na década de 80, um grupo de investigadores concluiu que os franceses, apesar de terem uma alimentação muito rica em gordura saturada, morriam menos de doença cardiovascular em comparação com a população de cidades do Norte da Europa e Canadá. Este “paradoxo francês” — expressão cunhada pelos próprios cientistas para se referirem à sua descoberta — viria a ser justificado, em parte, pelo maior consumo de vinho em França. A partir daí, generalizou-se a ideia, difundida pela comunidade médica, transposta para normas clínicas e aproveitada pela indústria das bebidas alcoólicas, de que um ou dois copos de vinho à refeição não só estavam isentos de riscos como até seriam benéficos para a saúde, conferindo proteção contra o enfarte do miocárdio.
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