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Inês tem uma deficiência e lugar reservado para o carro à porta de casa, mas descobriu pela polícia que o lugar deixou de ser só seu

Inês tem uma deficiência e lugar reservado para o carro à porta de casa, mas descobriu pela polícia que o lugar deixou de ser só seu

Inês de Castro mora em Lisboa, desloca-se em cadeira de rodas e desde que conduz que tem lugar reservado à porta de casa, sinalizado com o sinal vertical de estacionamento para pessoas com mobilidade reduzida e, por baixo, o número do seu dístico de estacionamento. Recentemente, as coisas mudaram e qualquer pessoa com mobilidade reduzida pode usar o lugar que ela pediu. Autarquia assegura que está a tentar resolver a situação. Mais de metade dos lugares para pessoas com mobilidade reduzida (67%) estão atribuídos a pessoas específicas, no entanto, essa atribuição é irrelevante

Inês tem uma deficiência e lugar reservado para o carro à porta de casa, mas descobriu pela polícia que o lugar deixou de ser só seu

Marta Gonçalves

Coordenadora de Multimédia

A rua onde mora Inês de Castro, em Benfica, tem apenas um sentido. A entrada para a sua casa fica mais ou menos a meio e, mesmo junto à porta, o lugar reservado para pessoas com mobilidade condicionada que pediu à Câmara Municipal de Lisboa para reservar deixou de ser apenas seu - um direito que pode ser exercido por qualquer pessoa com deficiência. Inês, que se desloca em cadeira de rodas, tem um sistema instalado no carro para assistir a tirar e a pôr a cadeira de rodas precisa especificamente daquele lugar. “A minha vida mudou a 27 de maio”, conta ao Expresso Inês, de 55 anos.

O lugar que lhe foi atribuído, com o número do seu dístico, deixou de ser apenas seu. “Até então, se alguém estivesse estacionado no meu lugar, ligava à polícia, vinham, multavam e rebocavam.” Naquele dia, nem multaram, nem rebocaram, argumentaram que era uma nova norma e que a sinalização com o número do dístico de Inês era inválida.

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