Nos seis meses seguintes ao nascimento do primeiro filho, estima-se que as famílias tenham, em média, um aumento de 20% das suas despesas, quando comparadas com o período anterior à gravidez, aponta o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira. Esse aumento deve-se a uma subida de 52% nos gastos no retalho, 36% na saúde, 16% na eletricidade e gás, e 9% na água.
A estimativa agora divulgada pelo INE, no dia em que o Instituto completa o seu 88.º aniversário e publica um conjunto de estatísticas de vários temas, é feita a partir de dados administrativos. Em concreto, é tida em conta a despesa mensal declarada via e-Fatura antes e após o nascimento do primeiro filho das famílias que constam do IRS. Essa informação é transmitida pela Autoridade Tributária ao INE.
Nestas estimativas, também se verifica um aumento das despesas com educação, mas só a partir do sexto mês após o nascimento. A partir daí, os gastos com educação vão aumentando e estabilizam num aumento de 26% perto do nono mês de vida do bebé.
O que também se verifica é que o aumento total da despesa só não é superior a 20% porque há algumas áreas em que a família acaba por reduzir os gastos. É o caso dos transportes e das atividades de lazer, nas quais se verifica um recuo das despesas logo a partir do quarto mês da gravidez, “atingindo o valor mínimo no mês seguinte ao nascimento do primeiro filho, recuperando daí em diante”.
Em concreto, as despesas com transportes diminuem 34% nos primeiros seis meses de vida da criança e os gastos com alojamento e restauração caem 31%, “recuperando apenas no primeiro aniversário do filho”.
Para fazer esta estimativa, foi tido em conta como universo de referência os agregados familiares declarados no IRS de 2019, cujo primeiro filho nasceu entre janeiro de 2016 e dezembro de 2018 e com residência fiscal no território nacional, explica o INE.
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