A um mês de se realizarem as eleições autárquicas de 2021, Patrocínio Azevedo, vice-presidente da Câmara de Gaia, teve uma reunião com Tiago Braga, presidente da administração da Metro do Porto, na sede de campanha do PS daquela cidade. Dois meses antes, o autarca recebera €99,6 mil e um relógio suíço oferecidos por dois promotores de imobiliário de luxo, dinheiro que, segundo o Ministério Público (MP), serviria para “adoçar a boca” do autarca e motivá-lo para arranjar uma solução para o trajeto da linha do metro que não prejudicasse a construção das Riverside, umas torres de habitação de luxo do grupo israelita Fortera.
No dia seguinte a essa reunião, Patrocínio Azevedo — que foi um dos sete detidos na Operação Babel desta terça-feira — revelou ao seu homem de confiança, o advogado João “Gorila” Lopes, que a conversa com Tiago Braga tinha corrido de feição para os interesses dos dois empresários, Paulo Malafaia (que também é suspeito na Operação Vórtex) e Elad Dror.
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