Não há garantia de que serão feitas as obras necessárias para abrir ao público o Posto de Comando onde o Movimento das Forças Armadas conduziu as operações do 25 de Abril. O “coração” da Revolução está desde 2019 à espera de obras, mas o processo sofreu agora um “recuo” e, perante a “solução alternativa” que deixa “tudo na mesma”, foi publicada uma petição para que a Assembleia da República se “pronuncie favoravelmente à criação de um acesso autónomo” que permita que este Monumento Nacional possa ser visitado.
A petição foi publicada no site do Parlamento e também no das Petições Públicas, com o objetivo de tornar “o espaço mais simbólico da Revolução dos Cravos” um local de “livre acesso”. O Posto de Comando do MFA está inserido no quartel da Pontinha, em Odivelas, cedido e utilizado pela Guarda Nacional Republicana, o que impede a sua autonomia. Foi este o local onde estiveram reunidos entre 24 e 26 de abril os cinco militares, comandados por Otelo Saraiva de Carvalho, que dirigiram as operações da Revolução.
As visitas ao núcleo museológico estão sujeitas a agendamento prévio e têm de ser autorizadas pelo Exército e pela GNR. Estas “autorizações burocráticas” têm inviabilizado “o livre acesso a quem quiser visitar o Posto de Comando”, aponta a petição subscrita por Jorge Martins, Carlos Lourenço e Fernando Paiva Monteiro, os três ligados à musealização do Posto de Comando em 2001 e à sua classificação como Monumento Nacional em 2015.
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