“Estamos? Estamos”. Pelas oito da manhã as dezenas de ativistas pelo clima reunidos em Sete Rios começam a entrar nos autocarros rumo a Sines. Na bagageira colocam megafones, faixas e cartazes que vão empunhar até ao Terminal de GNL de Sines — a principal porta de entrada de gás em Portugal. “São professores?", pergunta uma senhora curiosa que passa. “Não, somos várias pessoas, diferentes”, tenta responder Catarina Viegas, uma das porta-vozes da plataforma Parar O Gás.
A esmagadora maioria são jovens e todos madrugaram para estar ali, mas o sono não lhes tira a energia. Com canetas pretas, começam a escrever nos braços números de telefone, para o caso de serem detidos mais tarde, na ação de resistência. Alguns colocam também espuma à volta dos pulsos, braçadeiras plásticas e mosquetões. Para quê? A resposta é óbvia: “para o bloqueio”.
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