Exclusivo

Sociedade

Os abusos do guru do Algarve que o budismo não viu: “Obrigados a caminhar no gelo, fechados em quartos com ratos“ e a masturbar o mestre

Robert Spatz foi condenado pela Justiça belga a cinco anos de prisão com pena suspensa
Robert Spatz foi condenado pela Justiça belga a cinco anos de prisão com pena suspensa

Durante anos, vários portugueses foram vítimas de abusos cometidos por líder de comunidade budista. Estão “destruídas” psicologicamente

Os abusos do guru do Algarve que o budismo não viu: “Obrigados a caminhar no gelo, fechados em quartos com ratos“ e a masturbar o mestre

Hugo Franco

Jornalista

Vítimas e ex-discípulos portugueses do guru belga Robert Spatz apontam o dedo aos dirigentes e à própria comunidade budista por terem fechado os olhos às suspeitas de abuso físico e sexual sobre menores cometidos pelo ‘mestre’ num mosteiro em Portugal.

“Desde 1997 que toda a gente do mundo budista tinha conhecimento das suspeitas que recaíam sobre Spatz, depois da sua prisão na Bélgica e das buscas da PJ no Algarve. E, nos anos seguintes, as vítimas foram revelando pormenores sobre alguns dos seus crimes hediondos. É impossível que a União Budista Portuguesa (UBP) nada soubesse. Mas nunca fizeram nada para apurar a verdade, nem sequer falaram com as vítimas ou abriram qualquer investigação interna. Deles só tivemos o silêncio”, acusa Ricardo Mendes, líder da OKC Info — associação de vítimas do belga que liderou o grupo de inspiração tibetana Ogyen Kunzang Chöling (OKC) naquele país, em França, Espanha e Portugal, e que foi condenado em 2020 por um tribunal de Bruxelas a cinco anos de prisão com pena suspensa.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: HFranco@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate