Sociedade

Jovem que esteve à deriva no mar no Algarve teve alta hospitalar

Jovem que esteve à deriva no mar no Algarve teve alta hospitalar
Malorny

Quando deu entrada no hospital, o estado de saúde da jovem foi descrito como estável, sem lesões graves, e manifestações de prostração, apenas sonolência, algumas dores e uma queimadura solar na pele

A jovem que esteve à deriva no mar durante mais de 20 horas, no Algarve, teve, nesta quarta-feira, alta do hospital de Faro, onde estava em observação desde domingo ao final da tarde, disse à Lusa fonte hospitalar.

A adolescente estava internada no Serviço de Observação (SO) de Pediatria da unidade de Faro do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), onde deu entrada após ter sido resgatada de alto mar pela Força Aérea, no domingo, cerca das 18:00, a 25 milhas a sul de Vila Real de Santo António.

A jovem desapareceu cerca das 20:00 de sábado, empurrada pelo vento, quando praticava 'paddle' na praia do Coelho, em Monte Gordo, no concelho de Vila Real de Santo António.

Foi encontrada com vida mais de 20 horas depois, a 25 milhas (cerca de 46 km) a sul de Vila Real de Santo António, por um navio mercante que navegava a caminho de Tânger, em Marrocos.

Um helicóptero da Força Aérea Portuguesa foi enviado para recolher a jovem, que se encontrava num elevado estado de hipotermia, tendo sido depois transportada para o hospital de Faro.

Na segunda-feira, o diretor clínico do CHUA, Horácio Guerreiro, descreveu o estado de saúde da jovem como estável, sem apresentar lesões graves, estando apenas com manifestações de prostração, sonolência, algumas dores e uma queimadura solar na pele.

A jovem esteve numa unidade do SO de Pediatria de alta vigilância, quase equivalente a uma unidade de Cuidados Intensivos.

Questionado pelos jornalistas sobre se a sua resistência, após tantas horas à deriva no mar, surpreendeu a equipa médica, Horácio Guerreiro respondeu que a situação era surpreendente para todos."Com tanto tempo no mar, em condições, penso eu, de stress máximo, é normal que seja surpreendente para todos. É preciso um instinto de sobrevivência, um autocontrolo, não entrar em pânico. Esta miúda é uma heroína, sem dúvida nenhuma", referiu.

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