Sociedade

Estudantes baixam as calças no aniversário do PS para pedir fim dos combustíveis fósseis

Estudantes baixam as calças no aniversário do PS para pedir fim dos combustíveis fósseis
TIAGO MIRANDA

Três ativistas da Greve Climática Estudantil interromperam a sessão do PS, com vários socialistas presentes, incluindo António Costa, e mostraram o rabo: “Ocupa!”, escreveram, alegando que o PS “não devia estar a celebrar”

Três estudantes que se identificam como parte do movimento Greve Climática Estudantil baixaram as calças ao fim da manhã na sede do PS, no Largo do Rato, em Lisboa, e mostraram a palavra “Ocupa!” escrita nas nádegas. O movimento já fez várias ocupações de escolas e promete voltar a fazê-las já a partir da próxima semana.

O pretexto para o protesto é o aniversário do PS, que completa esta quarta-feira 50 anos, e o que os ativistas consideram a inação do Governo perante a emergência climática. Ou, nas palavras enviadas em comunicado às redações, o facto de o PS não fazer um cu” pelo clima.

O PS faz meio século, mas “não devia estar a celebrar". Devia estar, escrevem os estudantes, a “fazer um plano compatível com os prazos ditados pela ciência climática para acabar com os combustíveis fósseis e pôr em marcha uma transição justa para as pessoas”.

A sessão de celebração foi interrompida quando estavam vários responsáveis socialistas presentes, entre os quais o primeiro-ministro António Costa.

TIAGO MIRANDA

Os estudantes têm idades entre os 21 e os 23 anos e acusam os vários governos de estar “há muito a mandar o nosso futuro para o lixo num planeta em chamas”. Também por isso lembram as próximas ações de luta, como a que começa a 26 de abril e vai ocupar uma dezena de escolas em Lisboa, Coimbra, Faro e Porto, para pedir o fim dos combustíveis fósseis até 2030 e “100% eletricidade renovável e acessível até 2025 para todas as famílias”.

A forma de protesto é uma evidente referência a outro aniversário: há 30 anos, quatro estudantes baixaram também as calças para deixar ver uma palavra escrita entre as respetivas nádegas. “Não pago” era a mensagem dos estudantes ao então ministro da Educação Couto dos Santos, do Governo de Cavaco Silva, para pedir o fim das propinas no ensino superior.

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