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Sociedade

Quase 20 horas depois, jovem desaparecida no mar no Algarve foi encontrada com vida

A jovem de 17 anos foi empurrada pelo vento numa prancha de paddle, na praia do Coelho, em Vila Real de Santo António. Estava desaparecida desde o final da tarde de sábado

A jovem de 17 anos que desapareceu no final da tarde de sábado, empurrada pelo vento numa prancha de paddle, na praia do Coelho, em Vila Real de Santo António, foi hoje encontrada com vida, segundo a Autoridade Marítima.

"A jovem foi encontrada com vida", disse à agência Lusa o porta-voz e relações públicas da Marinha e da Autoridade Marítima Nacional, José Sousa Luís.

Em declarações aos jornalistas após a jovem ter sido encontrada, o capitão do Porto de Vila Real de Santo António adiantou que a jovem está "muito frágil", em "elevado estado de hipotermia", depois de ter passado uma noite inteira de biquíni em alto mar, "com frio e vento".

"O facto de estar em cima da prancha aliviou o estado de hipotermia, porque não estava em contacto direto com a água" referiu o capitão do Porto de Vila Real de Santo António, acrescentando que a idade "poderá ter ajudado", visto os jovens serem "mais resistentes" neste tipo de situações.

Segundo o representante, quando foi encontrada, a jovem conseguiu dizer o seu nome e que é de Setúbal.

Já sobre a reação dos familiares, o comandante João Afonso Martins partilhou que a família reagiu como um "pai que acabou de ver a filha nascer".

Desaparecida há mais de 20 horas, a jovem foi avistada por um navio mercante “em trânsito” a “25 milhas a sul de Vila Real de Santo António", dentro da área de buscas.

Jovem não remou e foi levada pelo vento

O responsável explicou que durante as horas iniciais da operação, iniciada cerca das 20h30 de sábado, estiveram envolvidos 20 operacionais em sete meios dentro de água, assim como um helicóptero pesado da Força Aérea, uma lancha de socorros a náufragos de Espanha e outros meios da GNR e Proteção Civil, entre outros.

Segundo o relato feito, o vento soprava de norte e a jovem terá entrado "numa espécie de pânico/susto e não remou", o que fez com que "o vento lhe pegasse e ela começasse a deslocar-se para sul".

"O pai ainda tentou e saltou para a água, mas infelizmente não conseguiu agarrá-la, não teve capacidade física para chegar à prancha", disse o comandante.

Segundo o coordenador, os primeiros a chegar ao local (em 25 minutos) foram duas embarcações semirrígidas, uma da estação salva-vidas e outra da Polícia Marítima de Vila Real de Santo António.

"Mas infelizmente essas embarcações já chegaram à noite, portanto já não tinham visibilidade", afirmou, acrescentando que "também não havia Lua, que só nasceu, em quarto minguante, às 04:00".

Os meios ativados durante o dia incluíram elementos do Comando-Local da Polícia Marítima de Vila Real de Santo António, da Estação Salva-Vidas da mesma cidade e da Estação Salva-Vidas de Tavira, o navio NRP Cassiopeia (da Marinha Portuguesa), bem como elementos da Unidade de Controlo Costeiro da GNR e da Sociedade de Salvamento e Segurança Marítima (SASEMAR), de Espanha.

Para o local também foram mobilizados militares da Marinha Portuguesa, com recurso a uma mota 4x4 da vigilância motorizada da Autoridade Marítima Nacional, e elementos do Serviço Municipal de Proteção Civil de Vila Real de Santo António, com recurso a viaturas todo-o-terreno, para efetuarem buscas por terra.

Artigo atualizado às 20h40

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