Sociedade

Frente Comum considera que greve nacional na função pública cumpriu as expectativas

Frente Comum considera que greve nacional na função pública cumpriu as expectativas
MARIO CRUZ

"Tivemos um impacto enorme na esmagadora maioria dos serviços", adiantou o coordenadorda estrutura sindical

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública considerou que foram cumpridas as expectativas sobre a greve nacional desta sexta-feira, com impacto na esmagadora maioria dos serviços públicos e encerramentos de norte a sul do país.

"O balanço é que se cumpriram as expectativas que tínhamos para o dia de greve nacional de hoje. Tivemos serviços encerrados de norte a sul do país, tivemos um impacto enorme na esmagadora maioria dos serviços", disse o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, em declarações à Lusa.

"Difícil será encontrar hoje um serviço da administração pública que tenha funcionado normalmente, o que é revelador daquilo que foi a adesão dos trabalhadores a esta greve", acrescentou o líder da estrutura sindical que convocou a greve nacional.

Segundo Sebastião Santana, a paralisação afetou serviços de saúde, educação, finanças, segurança social, autarquias locais "com piscinas, bibliotecas e estaleiros encerrados" e também provocou "graves perturbações" na justiça.

Para o dirigente da Frente Comum, "o sinal que foi dado hoje pelos trabalhadores da administração pública ao Governo é claro e inequívoco: os trabalhadores exigem uma política diferente, que valorize as suas carreiras e os seus salários, que defenda os serviços públicos e não o continuar deste caminho de empobrecimento e degradação dos serviços públicos".

Questionado sobre se estão a ser preparadas novas formas de luta, o sindicalista disse que "o futuro é já amanhã", indicando que "muitos milhares de trabalhadores da administração pública" estarão na manifestação nacional da CGTP, em Lisboa, no sábado.

"A seguir ao dia 18, está nas mãos do Governo garantir a paz social ou a falta dela", avisou Sebastião Santana.

Ao longo do dia de hoje, os sindicatos foram dando conta dos níveis de adesão à greve em todo o país.

De acordo com os dados dos sindicatos, vários hospitais funcionaram apenas com serviços mínimos ao nível de internamentos e urgências, não tendo havido consultas externas e algumas cirurgias foram adiadas.

Algumas escolas e lojas do cidadão fecharam devido à greve.

A greve nacional dos funcionários públicos, que começou às 00:00 de hoje, começou à entrada do turno da noite para os trabalhadores das áreas da saúde e da recolha de resíduos sólidos urbanos (lixo doméstico), que foram assim os primeiros a entrar em greve.

Entre os motivos da greve convocada pela Frente Comum estão a exigência de aumentos salariais imediatos, a fixação de limites máximos dos preços de bens e serviços, a valorização das carreiras e o reforço dos serviços públicos.

Para sábado está prevista a realização de uma manifestação nacional, em Lisboa, promovida pela CGTP, pelo aumento geral dos salários e das pensões face à subida do custo de vida.

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