Sociedade

Recolhidas desde janeiro quase 39 toneladas de resíduos relacionados com droga no Porto

Recolhidas desde janeiro quase 39 toneladas de resíduos relacionados com droga no Porto
RUI DUARTE SILVA

Entre os resíduos encontram-se pratas, seringas e cachimbos. A manterem-se os valores, até ao final do ano a recolha poderá chegar às “quase 250 toneladas” estima o comandante da Polícia Municipal do Porto

O comandante da Polícia Municipal do Porto adiantou hoje que, este ano, já foram recolhidas 38,9 toneladas de resíduos relacionados com o consumo de droga, estimando que, a manterem-se os valores, sejam recolhidas quase 250 toneladas até dezembro.

"Todos os dias acompanhamos as ações de limpeza e, neste momento, já foram recolhidas 38,9 toneladas de resíduos relacionados com o consumo de droga", afirmou António Leitão, na conferência "Livre de drogas", organizada pelo Correio da Manhã, a CMTV e a Câmara do Porto.

A manterem-se a quantidade de resíduos, entre os quais se encontram pratas, seringas e cachimbos, o comandante da Polícia Municipal do Porto afirmou que até ao final do ano a recolha possa chegar às "quase 250 toneladas".

Desde 2018 que a Câmara do Porto recolhe, no âmbito do programa "Porto, Cidade Sem Droga", resíduos provenientes do consumo de estupefacientes, sobretudo nas zonas da Pasteleira, Fluvial e Aleixo, na União de Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos.

Em outubro de 2022, durante a reunião do Conselho Municipal de Segurança, o vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, adiantou que, desde 2018 e até à data, tinham sido recolhidos 363.9 toneladas de resíduos.

Na ocasião, o vereador estimou que se recolhessem 158,8 toneladas daqueles resíduos naquele ano.

Na conferência, que decorreu no Rivoli, foram discutidos os problemas associados ao consumo e tráfico de droga, como a segurança, saúde pública, reinserção, criminalidade e ação policial.

Em 02 de fevereiro, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, instou o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, a assumir "competências" para resolver o problema do consumo e tráfico de estupefacientes na cidade, e "não esconder debaixo do tapete" esta matéria.

"Por mim é fácil, se o ministro da Administração Interna tiver uma varinha mágica para resolver o problema, ele que resolva porque a competência é dele. A competência é do senhor ministro. Enquanto ele não assumir essa competência, porque não tem sabido assumir, nós faremos o que está ao nosso alcance", afirmou Rui Moreira, depois de um encontro com moradores de zonas afetadas pelo consumo e tráfico de droga na via pública, em particular nas proximidades dos bairros da Pasteleira Nova e Pinheiro Torres.

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