“Estou na lista negra de Portugal por enfrentar os jiadistas”: Paulo Casaca, o homem que lidera um gabinete de desinformação na Índia

Sem futuro em Portugal depois de deixar de ser eurodeputado, Paulo Casaca decidiu criar o seu próprio think tank
Sem futuro em Portugal depois de deixar de ser eurodeputado, Paulo Casaca decidiu criar o seu próprio think tank
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Afastado dos holofotes em Portugal desde 2014, Paulo Casaca, hoje com 65 anos, foi um político ativo do Partido Socialista durante duas décadas. De acordo com o seu currículo, o fundador do Fórum Democrático da Ásia do Sul (SADF) começou por ser deputado no Parlamento dos Açores, entre 1990 e 1991, integrando depois a bancada do PS na Assembleia da República, em Lisboa, entre 1992 e 1993. Antes de se tornar eurodeputado, entre 1999 e 2009, ainda foi nomeado para funções relevantes durante a era socialista de António Guterres. Foi coordenador do gabinete de estudos do PS, chefe de gabinete do ministro das Obras Públicas e conselheiro para os Assuntos Regionais da representação permanente de Portugal junto da União Europeia.
As discretas aparições que foi tendo na imprensa portuguesa, a maioria delas relacionadas com as suas pastas políticas ou com momentos eleitorais, foram interrompidas por uma notícia de primeira página publicada pelo Expresso em outubro de 2005. O jornal revelava que o então eurodeputado tinha contratado como assistente um membro do Conselho Nacional da Resistência do Irão (CNRI), o braço político do Mujahedin-e Khalq (MEK), ou Mujahedin do Povo, “organização classificada como terrorista pela UE e pelos EUA”.
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