Rui Moreira: “Consumidores de droga são escravos de traficantes. Não quero criminalizar consumo, deve ser permitido, mas no espaço privado”

Considera que o consumo e tráfico de droga no grande Porto estão a aumentar?
Não me compete a mim avaliar os números e eu não os conheço em detalhe. Nós não sabemos se está a aumentar ou se não está. O que sabemos é a realidade percecionada por quem vive naquela zona e utiliza aquele espaço, seja público ou privado, que vai aos supermercados, que por ali gira. A perceção que existe é que, depois da pandemia, o problema se agravou. E porque vamos lendo os jornais, sabemos que depois da pandemia houve um aumento de overdoses, o que, de alguma maneira, converge com a ideia que eu tenho enquanto responsável político.
E quando fala em “ali”, é nos bairros da Pasteleira Nova e de Pinheiro Torres?
Sim. Ali parece ser o epicentro do mercado de droga quando lá passamos, como é o meu caso, que vou lá com muita frequência. Claro que não é caso único. Isto não se passa apenas no Porto, acontece em todo o país. Eu falava com o senhor presidente da Câmara de Lisboa e lá, por exemplo, na Avenida de Ceuta, também há um problema complicado.
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