Operação Vórtex: O Ministério Público quer saber se a pressão chegou ao topo da Agência Portuguesa do Ambiente
Em causa, estão alegados contactos entre um ex-secretário de Estado e decisores da Agência Portuguesa do Ambiente
Em causa, estão alegados contactos entre um ex-secretário de Estado e decisores da Agência Portuguesa do Ambiente
Editora de Política
O ex-presidente da Câmara de Espinho e atual deputado do PSD, Pinto Moreira, o promotor imobiliário Paulo Malafaia e o construtor civil Francisco Pessegueiro terão tentado pressionar, entre fevereiro e abril de 2021, um funcionário e também figuras de topo da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), de acordo com escutas telefónicas entre aqueles arguidos da Operação Vórtex. O objetivo seria, segundo o Ministério Público, condicionar um parecer da APA em relação ao hotel Sky Bay, projetado para a primeira linha de mar em Espinho. Os arguidos teriam tido conhecimento de que um técnico da APA se preparava para chumbar o futuro empreendimento.
Numa dessas escutas, Malafaia conversa com um indivíduo de nome Caetano — que se presume ser um outro investidor imobiliário do norte — e este sugere contactar um advogado e ex-secretário de Estado do Ambiente, com o nome de código “boca larga” que teria sido “padrinho dos filhos de Nuno Lacasta”, presidente desta agência. Caetano acrescentou que para aquele ex-político entrar em ação “normalmente” tinha de lhe entregar “contrapartidas de monta para exercer a sua influência”. Ao que Malafaia terá respondido que “entregaria as contrapartidas que viessem a ser exigidas”.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: elourenco@expresso.impresa.pt