Sociedade

Moedas revela “situação muito complicada” nos túneis inundados, com três metros de água: “A minha angústia era o que podia ser encontrado”

Moedas revela “situação muito complicada” nos túneis inundados, com três metros de água: “A minha angústia era o que podia ser encontrado”

Sem vítimas a lamentar no município devido às inundações, o autarca destaca os “danos materiais” na cidade, especificamente nos túneis do Campo Grande e Campo Pequeno. “Tenho um pedido a fazer: se isto voltar a acontecer, o que é inevitável devido às alterações climáticas, assim que começarem a ver a água num túnel a subir é não arriscar”, apelou

Há quase uma década que a capital não tinha um alerta vermelho - os Saparadores de Lisboa pediram às pessoas para não saírem de casa devido ao mau tempo - e os estragos ainda estão a ser contabilizados nesta quinta-feira, mas Carlos Moedas adianta já que há “muitos danos materiais”, destacando a situação nos túneis do Campo Grande e Campo Pequeno - ambos encerrados ao trânsito.

Inundado durante a noite e ainda fechado ao trânsito esta manhã, o Túnel do Campo Grande é agora alvo de uma operação de bombeamento da água - uma vez que ainda não foi possível retirá-la na íntegra. “A situação é muito complicada”, adjetivou Carlos Moedas, durante a visita ao local. Nas proximidades, também o Túnel do Campo Pequeno está intransitável e é alvo de limpezas.

“Há muito tempo que Lisboa não tinha um alerta vermelho, aliás penso que desde 2014 (...), e portanto há muitos danos materiais. Felizmente no município de Lisboa não temos danos em termos de vida humana a considerar”, destacou o presidente da Câmara de Lisboa. Já no município vizinho de Oeiras, há a registar a morte de uma mulher de 55 anos.

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Já em conferência de imprensa nos Paços do Concelho, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, revelou que foram resgatadas 14 pessoas, muitas das quais do interior das viaturas, devido às inundações no Campo Grande, Campo Pequeno e Alcântara, provocadas pela chuva forte.

“Foram 14 pessoas resgatadas, muitas delas dentro dos carros, sobretudo nos túneis do Campo Grande, Campo Pequeno e em Alcântara. O nível da água subiu tanto, que a angustia era grande. As pessoas foram resgatadas sem grandes incidentes e ferimentos”, disse o autarca, revelando que as situações foram sobretudo de “ansiedade e de grande susto”.

Carlos Moedas apelou à população que numa nova situação de fenómeno extremo como o que ocorreu na noite/madrugada de hoje, que as pessoas "não arrisquem" para não serem apanhadas de surpresa em situações que não se podem controlar.

“Tenho um pedido a fazer aos lisboetas: ontem muitas pessoas arriscaram nos túneis, se isto voltar a acontecer, o que é inevitável devido às alterações climáticas, assim que começarem a ver a água num túnel a subir é não arriscar, é chamar a polícia municipal”, apelou.

"Ontem no Campo Grande o túnel era como se fosse uma piscina de três metros de profundidade. A minha angustia era o que podia ser encontrado", reconheceu aos jornalistas, reiterando o apelo "não arrisquem, peçam ajuda, saiam do carro".

Carlos Moedas, lembrou também que nos últimos três meses, a capital já foi assolada por três fenómenos extremos, e que a probabilidade de voltar a acontecer "é muito grande".

O autarca frisou igualmente que na cidade de Lisboa estão identificados os locais onde as "situações mais graves acontecem normalmente", como a Baixa lisboeta, o Campo Grande e Campo Pequeno, Lumiar e a Avenida 24 de julho.

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