Quase um em cada dez portugueses são cuidadores informais, mas mantêm-se "invisíveis": quem são, que dificuldades e "preocupações" têm, saberão como prestar os melhores cuidados de saúde, têm conhecimento de todos os seus direitos enquanto cuidadores? Para responder a estas questões, foi lançada mais uma edição do projeto "Saúde que Conta", da Escola Nacional de Saúde Pública, da Universidade de Lisboa (ENSP-NOVA).
"As estimativas apontam para cerca de 827 mil cuidadores informais, ou seja, quase um milhão. Trata-se de uma franja significativa da população, mas a informação que temos é muito escassa", diz Ana Escoval, coordenadora do projeto e docente na ENSP-NOVA. "Estas pessoas não são visíveis. Simplesmente estão lá e cuidam."
Avaliar a qualidade de vida dos cuidadores informais e os seus níveis de literacia em saúde são os grandes objetivos da edição deste ano do projeto de investigação nacional "Saúde de Conta", que pretende ajudar os cidadãos a gerir a própria saúde e bem-estar, aumentando os seus níveis em literacia em saúde. Foi implementado em 2011, tendo sido realizadas várias edições desde então.
"Os cuidados que são prestados informalmente estão ligados às condições de vida da população. E há vários problemas que nos preocupam muito", diz Ana Escoval, ela própria cuidadora informal de um familiar. "Muitas pessoas deixam de trabalhar para cuidar. Outras estão reformadas e cuidam."
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