Portugal tem pela frente a meta de retirar 600 mil pessoas da situação de pobreza até 2030. Mas a inflação, que chegou quando ainda muitos tentavam resolver o impacto da pandemia, veio agravar a situação. Esta segunda-feira assinala-se o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza
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Com o peso da inflação, quem recebe o salário mínimo de 705 euros por mês vê agora esse rendimento encolhido para €639. Não fica muito distante do limiar de pobreza (€554) e é bastante escasso para pagar as despesas básicas, como uma renda, água, luz e gás, além de alimentação e transportes, mostram os dados partilhados pela Pordata esta segunda-feira, quando se assinala o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.
O cenário é ainda mais duro para quem recebe uma pensão mínima de velhice e invalidez (€278,05) e que vê o seu poder de compra descer para €252 mensais. É essa a realidade perante a inflação de 9,3% em setembro, segundo os dados do INE.
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