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Casal McCann “naturalmente desapontado” com a decisão do Tribunal dos Direitos do Homem

Casal McCann “naturalmente desapontado” com a decisão do Tribunal dos Direitos do Homem
RAFAEL MARCHANTE/REUTERS

Defesa de Gerry e Kate McCann não vai recorrer da decisão que iliba o Estado português no caso do livro de Gonçalo Amaral

Em atualização

Gerry e Kate McCann já reagiram à decisão do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem que iliba o Estado português no caso do livro do ex-inspetor da PJ, Gonçalo Amaral, que apontava responsabilidades aos pais da criança no seu desaparecimento, em maio de 2007, no Algarve.

Diz o comunicado no site “Find Madeleine”: "Estamos naturalmente desapontados com a decisão do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem anunciada hoje. No entanto, muito mudou desde que iniciámos o processo judicial há 13 anos contra o Sr. Amaral, o seu editor e difusor. Tomámos medidas por uma e apenas uma razão: as reivindicações infundadas do sr. Amaral estavam a ter um impacto prejudicial na busca da Madeleine. Se o público acreditasse que estávamos envolvidos no seu desaparecimento, então as pessoas não estariam atentas a possíveis pistas e poderiam não comunicar informações relevantes às agências de aplicação da lei competentes. O foco está agora justamente na busca da Madeleine e do(s) seu(s) raptor(es). Estamos gratos pelo trabalho em curso por parte das polícias britânica, alemã e portuguesa. Esperamos que com a ajuda do público, trabalho árduo e diligência, possamos eventualmente encontrar os responsáveis pelo desaparecimento da Madeleine e levá-los à justiça."

Contactado pelo Expresso, Ricardo Correia Afonso, afirmou que a defesa do casal não vai recorrer da decisão do tribunal europeu.

O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem considerou que o Estado português não violou as convenções europeias (em concreto, o artigo 8º sobre direito ao respeito pela vida privada e familiar) no caso da queixa dos pais de Madeleine McCann sobre o livro do ex-inspetor da PJ Gonçalo Amaral “Maddie: A Verdade da Mentira”.

O processo diz respeito a declarações feitas pelo antigo inspetor - no livro, mas também num documentário e numa entrevista de um jornal - sobre o alegado envolvimento dos pais de Madeleine McCann no seu desaparecimento, a 3 de maio de 2007 no Algarve. Os progenitores da menina inglesa tinham alegado uma violação do seu direito à reputação e à presunção de inocência.

[em atualização]

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