"Espera-se uma tarde de bastante atividade, especialmente nos incêndios que se encontram ativos", alertou o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, em conferência de imprensa esta segunda-feira, em que fez o ponto de situação dos incêndios em Portugal.
"A situação meteorológica para a parte da tarde vai agravar-se com a redução da humidade relativa do ar, o vento vai ser moderado a forte nas regiões altas e interior do país e a faixa costeira, no litoral, vai ter uma nortada com alguma intensidade", explicou André Fernandes, a partir da sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide.
Assim, "espera-se alguma dificuldade no combate e uma tarde de muito trabalho para os operacionais, para as câmaras municipais envolvidas e também para a população", disse ainda o comandante.
Há neste momento 40 ocorrências ativas em Portugal, que estão a mobilizar 1808 operacionais, apoiados por 541 meios terrestres e 24 meios aéreos, de acordo com o último ponto de situação, das 13 horas, disponibilizado na página da Proteção Civil.
O incêndio em Samardã, Vila Real, é o que mais preocupa as autoridades e é também o que está a mobilizar mais esforços: 462 homens, 135 veículos e sete meios aéreos. Ficaram feridos cinco operacionais e um civil neste fogo que deflagrou no domingo, mas, segundo André Fernandes, os seis foram “classificados como feridos ligeiros” e assistidos no teatro de operações.
No briefing desta manhã, o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil adiantou ainda que nos últimos três dias foram registadas 215 ignições relacionadas com incêndios rurais, sendo que os distritos do Porto, Braga, Vila Real, Lisboa e Viseu foram os que registaram mais ocorrências.
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