À medida que o incêndio na Serra da Estrela "fica um pouco mais frio", mantêm-se mais de 1000 operacionais no terreno, que podem ser reforçados a qualquer momento, segundo indicou André Fernandes, comandante nacional da Proteção Civil.
“Neste momento 90% do perímetro do incêndio encontra-se dominado, sendo que existem 10% por dominar. O incêndio tem uma frente ativa no distrito de Castelo Branco, na Covilhã, entre a Quinta da Atalaia, Teixoso e Orjais, sendo a frente que nos preocupa mais”, disse André Fernandes, em conferência de imprensa na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, Oeiras (Lisboa).
De acordo com André Fernandes, é nesta frente que existe “a maior concentração de meios”.
André Fernandes adiantou também que a frente no concelho da Guarda “apresenta vários pontos quentes, com oportunidades de abertura de incêndio caso haja reativações”.
Por isso, alertou, existe uma “grande atenção e monitorização dos meios” para evitar reativações e “janelas de oportunidade para o fogo progredir”.
Até ao momento, e com o reacender do incêndio na última segunda-feira, já houve 10 mil hectares de área ardida no parque natural, tendo tido "uma progressão durante quatro ou cinco horas do dia 15 de agosto, em que se verificou uma grande expansão", avançou o responsável nacional da Proteção Civil.
André Fernandes adiantou haver um dispositivo total de 13 mil operacionais, com "possibilidade de haver reforço especializado no novo teatro de operações, é isso que fazemos e vamos continuar a fazer".
Quanto às previsões metereológicas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), apontando para uma nova vaga de calor a partir do fim de semana, e que se irá prolongar para setembro, Adré Ventura adiantou que "vamos fazer esta avaliação com calma, com ponderação, para verificar de facto quais as áreas de maior aumento de risco e tomar as medidas de antecipação operacional".
Face às declarações do ministro da Administração Interna, José Luis Carneiro, no sentido de não se excluir o cenário de decretar estado de alerta ou de contingência, tendo em conta as previsões de aumento de temperatura para os próximos dias, o comandante nacional da Proteção Civil adiantou estar em "estreita articulação" com o Governo e todas as autoridades envolvidas no sentido de antecipar medidas operacionais que venham a ser necessárias.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: piquete@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes