O presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, reagiu com indignação aos incidentes provocados por um grupo organizado afeto ao Hdjuk Split e que esta noite “geraram o pânico” no Centro Histórico de Guimarães. O autarca do PS já contactou, esta manhã, José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna, e os comandos da PSP de Guimarães e do Distrito de Braga, exigindo a abertura de um inquérito para apurar responsabilidades em relação aos desacatos e à ausência de policiamento no centro da cidade.
“Não se entende como é possível não estarem estes delinquentes sinalizados previamente e não ter sido antecipada esta possibilidade, tratando-se de uma das claques de apoio mais violentas da Europa”, refere em comunicado. Domingos Bragança avança ainda não compreender a demora da presença da PSP no local, após ter sido “chamada pelos cidadãos presentes” no coração da cidade.
“É preciso apurar responsabilidades e retirar saí as consequências”, salienta o autarca que exige que os “delinquentes” identificados pelas forças de segurança esta noite “sejam hoje ouvidos por um Juiz de Instrução Criminal de forma a ficarem impedidos de estar presentes em Guimarães” e sofram as consequências dos seus atos.
Ao que o Expresso apurou junto de fonte da autarquia, Domingos Bragança quer evitar que os adeptos identificados pela PSP sejam inibidos de entrarem no Estádio D. Afonso Henriques e assistirem ao jogo com a equipa da casa, o Vitória Sport Clube, encontro a contar para a qualificação para a fase regular de grupos da Liga Europa.
Para o autarca, em causa estão atos violentos que configuram "crime de participação em motim”. “Quero estes delinquentes bem longe de Guimarães”, pede, frisando que tem feito os contactos necessários para que as instâncias do Governo e judiciais tomem as medidas necessárias para que seja reforçado o contingente policial, para assegurar que o clima de segurança, “que é apanágio da cidade, seja restaurado”.
“Não podemos permitir que as pessoas de Guimarães se sintam inseguras. Somos uma cidade com gente pacífica e não podemos ser discriminados na aplicação das medidas de segurança que são normalmente disponibilizadas para jogos de futebol de alto risco”, apela o autarca, defendendo a mobilização de meios locais, distritais e nacionais.
“O que aconteceu não pode acontecer em Guimarães nem em lado nenhum”, repisa. O presidente da Câmara de Guimarães afirma ter recebido garantias do ministro da Administração Interna que serão acionados todos os elementos policiais que forem necessários para que seja garantida a segurança pública e ainda pretender levar o assunto às instâncias do futebol, entre as quais à UEFA, responsável pela organização da Liga Europa.
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