Em seis meses, foram assassinadas em contexto de violência doméstica 16 mulheres, tantas quanto em todo o ano de 2021. Só em junho foram registados seis crimes mortais, um a cada cinco dias. E não há otimismo que faça acreditar que os homicídios não vão ainda subir até ao fim de 2022, com o aproximar das férias e, em dezembro, as festas, duas alturas identificadas como de maior risco para as vítimas.
“É muito difícil apontar uma causa. Podem encontrar-se várias, como o agravar da situação económica das famílias, que alimenta os conflitos, a saúde mental, em que a covid-19 deixou marcas visíveis, o pós-pandemia, que libertou as vítimas para apresentarem queixas e romperem com relações abusivas. E nem se pode falar de um aumento do fenómeno, porque não há padrões, num ano são 30 casos, noutro são 15, sem que se identifique uma origem. Mas é evidente que estes números me deixam preocupado. Basta uma morte para ser preocupante”, explica Manuel Albano, vice-presidente da Comissão para a Igualdade de Género (CIG), organismo que integra a Presidência do Conselho de Ministros.
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