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Violência doméstica: em junho, uma mulher foi morta a cada cinco dias (e estas são as histórias de cada uma delas)

Violência doméstica: em junho, uma mulher foi morta a cada cinco dias (e estas são as histórias de cada uma delas)

Crime. Em 2022 já foram assassinadas 16 mulheres em contexto de violência doméstica, tantas quanto em todo o ano passado. Este mês registaram-se seis mortes. Crise e pós-pandemia ajudam a explicar subida

Violência doméstica: em junho, uma mulher foi morta a cada cinco dias (e estas são as histórias de cada uma delas)

Raquel Moleiro

Jornalista

Em seis meses, foram assassinadas em contexto de violência doméstica 16 mulheres, tantas quanto em todo o ano de 2021. Só em junho foram registados seis crimes mortais, um a cada cinco dias. E não há otimismo que faça acreditar que os homicídios não vão ainda subir até ao fim de 2022, com o aproximar das férias e, em dezembro, as festas, duas alturas identificadas como de maior risco para as vítimas.

“É muito difícil apontar uma causa. Podem encontrar-se várias, como o agravar da situação económica das famílias, que alimenta os conflitos, a saúde mental, em que a covid-19 deixou marcas visíveis, o pós-pandemia, que libertou as vítimas para apresentarem queixas e romperem com relações abusivas. E nem se pode falar de um aumento do fenómeno, porque não há padrões, num ano são 30 casos, noutro são 15, sem que se identifique uma origem. Mas é evidente que estes números me deixam preocupado. Basta uma morte para ser preocupante”, explica Manuel Albano, vice-presidente da Comissão para a Igualdade de Género (CIG), organismo que integra a Presidência do Conselho de Ministros.

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