O risco de tsunami em Portugal é real e uma repetição de uma catástrofe como a de 1755 iria inevitavelmente causar vítimas e danos. Ainda assim, “estamos hoje garantidamente mais preparados e mais capazes de reagir do que estávamos há 10, 20 ou 30 anos”, explica a secretária de Estado Patrícia Gaspar ao Expresso
Jornalista
Poucas palavras têm a capacidade de conjurar uma imagem mental tão assustadora como a palavra tsunami. Desde 2004, os países - incluindo Portugal - têm aumentado os esforços de prevenção, mas os especialistas presentes na sessão “Alerta costeiro”, que decorreu em paralelo com a Conferência dos Oceanos esta segunda-feira, sublinham que ainda há um longo caminho a percorrer, principalmente quando as alterações climáticas vão aumentar a probabilidade de ocorrência destes fenómenos extremos.
“Os tsunamis são eventos raros, mas podem ser extremamente mortíferos. Nos últimos cem anos, 58 tsunamis causaram mais de 260 mil mortes, uma média de 4600 por desastre, superando qualquer outro perigo natural”, alerta Mami Mizutori, especialista do Escritório das Nações Unidas para a Redução dos Riscos de Desastres.
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