
Plano de contingência atenua dificuldades no controlo dos passageiros, mas SEF e MAI admitem dificuldades no pico do turismo
Plano de contingência atenua dificuldades no controlo dos passageiros, mas SEF e MAI admitem dificuldades no pico do turismo
Jornalista
O casal chegou de Brasília com a filha, de 11 anos, os três muito arranjados, o homem de camisa e gravata de cetim roxa, a mulher de botas pretas de salto. Vêm de férias a Portugal, explicam num tom hesitante ao agente Monteiro, da PSP, que desde segunda-feira está numa box da linha de fronteira do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, a controlar as chegadas a Portugal. O polícia já fez a formação ministrada pelo SEF e o estágio de 15 dias e agora reforça as equipas no âmbito do plano de contingência, que arrancou na passada sexta-feira, para diminuir as filas de espera na Portela.
Ele até gostava de cumprir com os 10 segundos de controlo por passageiro para minimizar os atrasos, mas havia ali demasiados sinais de uma possível tentativa de imigração ilegal com visto turístico. Venderam tudo para pagar os bilhetes, viajam com uma criança em pleno ano letivo, dizem que vão ficar em Lisboa, mas o alojamento que apresentam é na Margem Sul. Aliás, é o hostel que mais os denuncia, por já ter tantas vezes surgido ali associado a casos irregulares. Umas boxes ao lado, passageiros do mesmo voo contam uma história semelhante e com o mesmo local de pernoita. Não há coincidências. A entrada em Portugal, e na Europa, fica adiada. Vão todos para a segunda linha do SEF, onde há tempo para entrevistas mais pormenorizadas.
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